Corrida de Aventura em Tijucas do Sul – 2008

E hoje fizemos mais uma corrida de aventura, a quinta na minha carreira que começou em 2006, com a prova de Ponta Grossa. Desta vez tive mais um companheiro novo, o Rodrigo Fonseca, grande amigo de loooonga data! 🙂

Fazer corridas de aventura é um negócio muito bom. Você se esforça e cansa muito, mas muuuuito mesmo. Mas a satisfação de chegar é algo fantástico, gratificante.

Desta vez a prova foi em Tijucas do Sul, município da região metropolitana de Curitiba e foi muito bem executada pelo Julio Camargo da Extremaventura. Teve em torno de 30 participantes, divididos em categorias solo, duplas e quartetos.

Como sempre a preparação no dia anterior deu um bom trabalho. Fiquei umas 2 horas arrumando tudo, desde o mapa (que você vê abaixo), até comida, mochila, roupas e a mountain bike.

Ao contrario das outras provas, desta vez levei mais químicos. Estes elementos não tão naturais facilitam muito a nossa vida em corridas deste tipo. Basicamente levei gels repositores de energia, barras de proteína e malto dextrina, um pó que se mistura na água e é uma fonte de carboidratos de rápida absorção.

Para não dizer que não tinha nada natural, levei uns dois pãezinhos com queijo e algumas castanhas do pará. Há, o gosto dos naturais é disparado melhor do que os químicos. 🙂

A nossa equipe, a Vegetarianos e Furiosos, se comportou bem. Eu, na minha quinta prova e o Rodrigo estreiando numa prova bem mais técnica para a navegação em relação às outras que participei.

A prova teve em torno de 40km de distância consistindo em natação, corrida, orientação e mountain bike. A largada foi no Recanto Saltinho, a uns 8km de Tijucas. Começou com uma corrida rápida seguida de uns 50 metros de natação, no qual só um atleta precisava cair na água. Como eu já tinha feito várias provas acabei me voluntariando. A natação foi meio pesada, pois era o início da prova, a adrenalina estava lá em cima, e a água gelada.

Antes da prova foi o maior alvoroço, pois o Julio acabou não avisando onde estavam as coordenadas do mapa e tivemos que sair correndo para marcar os pontos. Acredito que esta foi a única falha da organização.

E quem disse que não aprendemos várias coisas nestas provas. Olha eu aí embaixo costurando o número da equipe nas nossas camisetas. 🙂

Depois da natação fizemos uma trajeto especial de orientação. Nos deram outro mapa com cinco pontos marcadas por uma área de uns 10.000 metros quadrados e tínhamos que passar por todos eles, achando um picotador e marcando-o no mapa. Eu nunca tinha feito este tipo de orientação, mas foi bem interessante! O problema que várias equipes tiveram (e nós também) foi marcar o terceiro ponto achando que estávamos marcando o quarto. Daí complicou a vida pois começamos a subir cada vez mais o rio para tentar achar o próximo ponto. Não preciso dizer que perdemos uns bons 20 minutos nesta brincadeira até que nos achamos e conseguimos marcar os pontos restantes.

Perdidos, nós?

Perdidos, nós?

Downhill

Downhill

Depois da orientação pegamos as bikes e saímos para a estrada, em direção ao PC4, a uns 8km de distância. Logo na saída um rapaz que estava fazendo a prova em solo foi junto e acabamos andando a prova inteira em um trio. O rapaz era o Alexandre, que está aí em cima com a gente na chegada. Cara muito gente boa e humilde. Valeu Alexandre!

Fazer a prova em mais pessoas é bem melhor. Dá para discutir o caminho e trocar idéias sobre qual a melhor rota a seguir. Ajudar as pessoas das outras equipes é uma coisa muito legal. Todos estão ali para se divertir, mas também querem chegar ao fim da prova. Neste tipo de competição, pelo menos para mim, não importa muito chegar na frente. É claaaaaaro que se eu chegar na frente eu vou gostar mais, mas isso não é fundamental.

Meu lema é o seguinte: primeiro eu quero me divertir, pois sem diversão o negócio não tem graça; depois, eu quero chegar no final da prova, pois isso é o objetivo principal; e em terceiro lugar que entra a competição: se eu estou me divertindo e indo bem na prova, com fôlego e têm pessoas na minha frente mais cansadas, daí eu aproveito e tento ganhar algumas posições.

E o pessoal das outras equipes acho que também gosta de ajudar. Em várias partes da prova estivemos juntos com várias equipes e o espírito era sempre de ajuda e confraternização.

Na chegada, depois de descansarmos um pouco comecei a conversar com as outras equipes e resolvi tirar fotos de várias delas. Troquei emails com o pessoal e demos boas risadas discutindo a prova.

Acima equipe K2, abaixo Brazukas!

A equipe abaixo, de azul, são os Stip Adventure. O Emerson (ao meu lado) acabou nos ajudando na prova de orientação. Ele se perdeu do seu companheiro e acabamos fazendo os pontos juntos.

Regra número 1 da corrida de aventura: Nunca se afaste do seu companheiro!!! Isso já me aconteceu na corrida de balsa nova, e também nesta mesmo de Tijucas. O Alexandre parou para arrumar algo na mochila e disse para irmos andando que ele já nos alcançava. Não deu outra, ficamos esperando e ele pegou uma outra trilha. No final das contas perdemos mais uns 10 minutos preciosos e ele foi atrás de uns caras que estavam bem mais na frente, achando que éramos nós. Felizmente nos encontramos mais para a frente da prova e chegamos juntos no final. Pura sorte!

Equipe Stip Adventure (Emerson e ??)

Há, e foi muito engraçado o nosso encontro. Estávamos procundando o PC Virtual 8, e não encontrávamos. Um PC virtual é um Ponto de Controle que não tem ninguém para ver se passamos mesmo por ali. Daí a organização pergunta alguma coisa do lugar para ter certeza que passamos por ele. Quando o odômetro da bike marcou a quilometragem que poderia estar o PC, paramos e ficamos procurando. A pergunta era meio confusa: Nome pista escrita na placa. Pista? Eu não tinha entendido. Será que iriam dar uma pista, um segredo para nós? Daí que olhei ao nosso lado, a uns 5 metros de distância, tinha uma placa (que já tínhamos lido) que estava escrito Pista de Veloterra do ET. Daí olhei para a placa, olhei para a pergunta e a ficha caiu. Me senti um idiota por ter olhado a placa e não ter me tocado da resposta. Acho que era a fadiga do final da prova.

Equipe Clorella (?? e Marlon)

E este aqui de baixo é o Leandro. Conheci ele na corrida de aventura de Antonina, onde tirou o primeiro lugar na categoria solo. Fui cumprimentá-lo pela façanha e acabei descobrindo que ele era amigo de minha tia, primos e família em Castro. Mundo pequeno! 🙂 Trocamos emails e eu acabei perdendo o papel. Agora peguei de novo e desta vez não perco 🙂

Em termos de colocação ficamos em nono lugar na geral, de umas 20 equipes participantes. Na nossa categoria devemos ter ficado em sexto lugar, de doze participantes. Acabei gostando da colocação pois perdemos muito tempo na orientação e no trajeto para o PC4, além da tentativa frustrada de espera do Alexandre. No final das contas perdemos entre 30 e 40 minutos em tudo isso. O primeiro lugar geral foi da equipe Audax, chegando com uma hora na nossa frente. E olha que eles eram uma equipe mista, isto é, um homem e uma mulher! Os caras são bons mesmo! Se não tivéssemos errado na navegação e orientação, poderíamos ter pego uma colocação bem mais na frente. Mas aprendemos muito nesta prova, e isso é o que vale.

E agora com vocês os campeões da etapa!!!

Leandro - Terceiro Lugar Solo

?? - Segundo Lugar Solo

Brychta - Primeiro Lugar Solo

Brychta - Primeiro Lugar Solo

Papaléguas - Terceiro Lugar Duplas Masculinas

Papaléguas - Terceiro Lugar Duplas Masculinas

?? - Segundo Lugar Duplas Masculinas

PCB - Segundo Lugar Duplas Masculinas

Brazukas - Primeiro Lugar Duplas Masculinas

Brazukas - Primeiro Lugar Duplas Masculinas

Audax Duo - Primeiro Lugar Dupla Mista e Primeiro Lugar Geral

Audax Duo - Primeiro Lugar Dupla Mista e Primeiro Lugar Geral

Fênix - Primeiro Lugar Quarteto Misto

Fênix - Primeiro Lugar Quarteto Misto

É isso aí pessoal, ano que vem tem mais!! Mais adrenalina, mais dores no corpo, mais químicos para ajudar na performance, mais gente boa e feliz, mais poeira no rosto, mais dores nas pernas, mais suor no rosto, mais PCs a descobrir, mais montanhas a subir, mais mapas a marcar, mais viagens a fazer, mais lugares a conhecer, mais treinos a fazer, e acima de tudo, mais sorrisos no rosto!

E se você nunca fez uma corrida de aventura e tem vontade de entrar neste mundo Fale comigo que terei o maior prazer em te ajudar!

Veja também:

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11 Responses to Corrida de Aventura em Tijucas do Sul – 2008

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  3. Renato says:

    Parabéns! Somente ontem à tarde fiquei sabendo da prova em Tijucas. Tenho amigos por lá e volta-e-meia estou pedalando pela região.

    Quando estiver a fim de um bom pedal por lá, é só avisar. Estamos tentando fazer um pedal de 100 km por lá, dias destes fizemos só 60.

    Abraços,

    Renato

  4. 100km em Tijucas? Boa! 🙂

  5. Cleomar says:

    Opa. O segundo lugar é a equipe PCB, da qual eu faço parte. hehehe.

    Abracossss

  6. Henrique says:

    Po, que massa hein Stulzer! Nós não fomos nesta pois um está viajando e outro está atolado de provas na faculdade, ou algo assim! Enfim, não sei se este ano ainda faremos alguma, pois a Sul Brasilis coincide com o Sul brasileiro em Tangará, daí já viu hehe… mas show de bola! Vou manter o bookmark do blog por aqui.. abracos e parabens pela corrida!! Quem sabe ainda corremos juntos : )

  7. Luiz says:

    Olá amigos!
    Estive competindo sozinho nessa etapa e fui o ultimo a completar a prova.
    Depois de 8 meses sem fazer uma corrida de aventura, foi muito bom voltar a ativa!

    Bem, gostaria de convidar voces para mais um desafio.
    Uma corrida de aventura em São Francisco do Sul – SC no dia 07/12/2008
    Vai ser muito legal essa etapa.
    Categorias Duplas e Individual.
    Mais detalhes http://www.42kassessoriaesportiva.com.br/rei/
    Conto com o apoio de vocês.
    Abraços.
    Luiz Fernandes – Joinville – SC

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