Ontem fizemos mais uma pedalada perto de Curitiba. Desta vez fomos conhecer a mitológica Estrada da Faxina, que liga São Luiz do Purunã até a estrada de concreto da Itambé. A trip total é de uns 35 quilômetros, com 8 de descida ininterrupta, na parte da Faxina. Puro deleite! 🙂
Para você ter uma idéia da trip toda, nada melhor do que uma imagem do Google Earth com a rota completa em perspectiva. A Faxina é a parte que sai de São Luiz do Purunã e desce pelo vale, à direita da imagem.
Se quiser veja a rota completa da Estrada da Faxina direto no seu Google Earth. Falando nisso o Google Earth é show mesmo. Eu já tinha usado-o várias vezes, mais como algo bonito para mostrar para os amigos. A partir do momento que usei-o para começar a estudar outras rotas de bike pela região de Curitiba foi que caiu a ficha. Este negócio é maravilhoso! Dica: use a perspectiva para aproveitar ainda mais!
A muito tempo atrás, quando a Internet comercial ainda engatinhava, eu já pedalava por Curitiba. As novas rotas eram conhecidas pela tentativa e erro. Agora eu passo algumas horas debruçado no Google Earth e consigo fazer rotas muito legais. É claro que de nada adianta se você só ficar exercitando o cérebro; tem que por a rota em prática.
Foi isso que fizemos neste domingo chuvoso.
Olha nós aí embaixo: Eu, de azul, e o Markito, de preto. Tiramos a foto no estacionamento da fábrica de cimentos Itambé. Ali é um ótimo lugar para deixar o carro, pois tem segurança e eles não implicam com a gente. Detalhe: seja gentil, peça antes e deixe a frente do carro embicada para a guarita. Assim você não vai ter nenhum problema.
A previsão do tempo era de Sol desde cedo, mas não foi isso que aconteceu. Acabou virando e amanheceu nublado e com risco de chuva. Como estávamos na fissura para fazer esta trilha, nem nos incomodamos. Já te falei que sou um viciado em esportes? Hmm, na verdade alguns se incomodaram, pois de uns sete que eram para ir sobramos só nós dois. Tudo bem, eles não sabem o que perderam. 🙂
Começamos a trip pegando uma entrada ao lado da rodovia, na trincheira da estrada que liga a fábrica à jazida. A idéia era subir a serra sem precisar utilizar a rodovia. Olha o Markito começando a subida:
Foram 2 quilômetros até o topo num trajeto bem puxado. Chegando lá em cima iríamos tentar passar por uma parte da mata de uns 150 metros, conforme detalhe abaixo:
A parte do “S” acima é uma propriedade particular que tivemos que pular a cerca de arame farpado para entrar. Lá dentro dois cachorros amarrados e uma casa sem caseiro. Bati diversas vezes mas ninguém atendeu. Daí tentamos achar uma trilha mas não deu certo. Toda vez acabávamos dando de cara com as escarpas da serra. Uma muralha de uns 12 metros nos separavam da estrada do topo da serra. Pelo Google Earth parecia que não havia este desnível, mas ele não deve ser tão preciso em pequenas distâncias. Tudo bem, nós não desistiríamos assim tão fácil. O esquema foi então voltar tudo e pegar a rodovia até o pedágio.
Já no começo da subida uns pingos de chuva deram as boas vindas. Pegamos os anoraks da mochilha e continuamos a pedalada. Passamos o pedágio e seguimos até um posto de gasolina, ao lado da entrada de São Luiz do Purunã para dar uma descansada.
Depois de agradecer a atendente pela foto que tirou da gente pregamos uma pequena peça. Dissemos para ela que tínhamos que continuar logo pois iríamos voltar para Paranaguá de tarde. Daí ela arregalou os olhos. O Marco aproveitou e emendou:
Mas isso depois de visitarmos a nossa tia em Ponta Grossa!
A moça se espantou ainda mais e nos desejou boa viagem, olhando-nos de olhos esbugalhados. 🙂
Ao entrar em São Luiz do Purunã tirei esta foto, logo depois do portal. Ali dá para ver o vale onde está a Estrada da Faxina. São 8km desde a entrada de São Luiz (1.100m asl) até o final da descida (800m asl), o que nos deu um desnível de 300 metros!
A estrada alterna pedaços curtos de plano com descidas com inclinação média. A vegetação é mais fechada no início, quase encobrindo o céu mas vai clareando à medida que descíamos.
Depois da descida toda pegamos mais uma subida média, que ia de 800m até 940m, seguida por várias descidas e subidas legais.
No final chegamos de volta à estrada de concreto de Itambé e voltamos para o carro.
O Marco aparece na maioria das fotos porque ele ainda não me mandou as fotos que tirou, então acabou virando o modelo do dia. 🙂
E olha o estado que ficaram nossas roupas!! 🙂
No final o saldo foi super positivo. Fizemos uma ótima pedalada mesmo num dia horrível como ontem: frio e chovendo. Agora planejamos voltar lá com sol, mudando um pouco a rota.
Quem se habilitar e tiver fôlego para encarar, está convidado!
Oi Rodrigo
bem legal essa rota, me aguarde, meu pé ficando bom q
… bom quero voltar a dar umas pedaladas…
[]s
Grande, Rodrigo, pelo jeito não vamos parar de pedalar mais, nunca mais!!! foi um pedal inesquecivel, e muito gratificante. Valeu.
Legal Rodrigo! Achei que fosse a Faxina aqui de São José, mas esta é bem pior. Vamos ver se marcamos um pedal juntos.
Já fiz parte da tua trip em uma etapa do Metropolitano, este ano, e em outros pedais por aí. Tem muita subida, o que é o máximo!
Renato
Infelizmente, Rodrigo, moro em Fortaleza e não posso aceitar seu convite. Comecei a pedalar há alguns meses e só sei duma coisa: é uma das melhores coisas que já fiz vestido.
Só uma coisa: fiquei com medo quando vi a subida no Google Earth. Pernas pra que te quero…
PUTZ, que inveja!!! Vamos combinar assim: depois que eu entrar em forma eu vou pra Curitiba pra participar desta aventura deliciosa com vcs! hehehe. Tô falando sério!
Ei, onde conheci um site muito legal que deve te interessar: http://www.ondepedalar.com
bjo,
Maneiríssima a rota… chuva pra animar e refrescar.
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