Limão ou limonada: O caso da TV quebrada

Hoje fui levar a minha TV para arrumar; uma coisa que estava procrastinando a vários meses. Tudo bem, ter uma tv grande, de 29 polegadas até que é legal. Na verdade você só se toca disso depois que tira ela da sala e coloca uma substituta no lugar, de tamanho menor. Isso é válido também para câmeras digitais com displays enormes: você só se toca que eles são legais depois que volta a usar um minúsculo…

Pelo jeito cada polegada de uma TV de tubo de imagem corresponde a pelo menos um quilo, pois não entendo como aquele negócio pode ser tão pesado. Já deu para imaginar porque eu estava me enrolando para levar o trambolho para arrumar, certo? Falando nisso tenho que dizer que os produtos da Gradiente não são muito confiáveis mesmo. Já tive aparelhos de som que depois de um tempo começaram a pipocar, parando de funcionar e só retornando à vida depois de reinicializados. Também tive um computador MSX que quando esquentava só trabalhava bem com apertos constantes dos chips com os dedos. Além disso agora esta TV, que já foi para o conserto uma vez e agora teve que voltar. Ela, além das cores em tons lavados, começou a ficar muda de uma hora para outra. Então digo, caro leitor, evite comprar produtos da Gradiente. E olha que esta minha TV tem 10 anos de garantia. Eles nunca vão ter lucro com um produto com esta qualidade se tiverem que honrar com uma garantia por tanto tempo…

Mas agora é que vem a parte importante, não pare de ler ainda!! 🙂

Cheguei à rua da assistência técnica e parei o carro a uns 50 metros do local. Tirei o trambolho do carro e tomei fôlego. Andei uns 10 metros e tive que parar, colocando o negócio no chão. Comecei a andar de novo e uma moça reforçada parou do meu lado e se prontificou a ajudar, já pegando do lado da TV. Eu, muito educado disse que não precisava. Ela, muito gentil, insistiu. Eu, educadíssimo, disse que era muito pesada, que não precisava. Ela, de qualquer jeito, já foi pegando e querendo levantar o seu lado da TV. Eu, vendo que já estava me tornando chato, falei que tudo bem e ela me ajudou a levar até a loja. Disse obrigado e ela foi embora. Nunca a tinha visto na vida.

Depois de falar do problema, passar RG, CPF, apresentar nota e tudo o mais, o atendente me liberou. Daqui a alguns dias vai ser o mesmo suplício: vou voltar lá e carregar aqueles 29 quilos de volta ao carro. Urgh! 🙁

Saí da loja e voltei pela rua. Passei pela moça mas ela não me viu; fumava um cigarro na porta da loja em que trabalhava. Andei até a esquina tentando achar alguma lanchonete. Nada. Olhei para o outro lado da rua e vi uma banquinha de revistas. Fui até lá, comprei um sonho de valsa por R$0,60 e voltei até a loja. Entrei e me dirigi ao balcão. Quando a moça me viu estendi o braço, mostrando o sonho de valsa para ela, dizendo que aquilo era para ela recobrar as energias por ter me ajudado. Ela disse que não precisava mas ficou com um baita sorriso no rosto, pela grata surpresa.

Isso me lembrou um post sobre uma situação parecida, que meu amigo Aurélio viveu estes dias atrás. Pelo jeito a vida neste mundo maluco ainda tem jeito.

Moral da história: a Gradiente perdeu mais um cliente mas pelo menos duas pessoas sairam felizes desta história. Tenho certeza que ganhamos o dia. 🙂

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2 Responses to Limão ou limonada: O caso da TV quebrada

  1. Curti!!!
    Fazendo a vida valer a pena… basta querer.
    Farei mais limonada 🙂
    Bel

  2. E coincidência ou não, após ser citado no texto, hoje ajudei o Rodrigo a tirar a dita TV pesadona do carro, na casa dele.

    Eita mundo dôidio sô! 🙂

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